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RACIONAMENTO

Dívida de R$ 7 milhões dificulta ações contra racionamento de água em RDP

Segundo superintendente da autarquia (SAAE), déficit de caixa afeta até os serviços de manutenção

Publicado em 19/10/2019 às 04:25

Uma dívida de aproximadamente R$ 7 milhões dificulta a realização de investimentos para que a cidade de Rio das Pedras (SP) evite racionar água. A afirmação é do superintendente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), Davi Gonçalves.

Desde a segunda-feira (14), a cidade passou a ter o abastecimento hídrico suspenso sete horas por dia. É o segundo ano consecutivo em que ocorre este tipo de restrição e não há previsão de quando se encerre.

Segundo Gonçalves, a medida foi inevitável porque faltou investimentos por muitos anos para amenizar o problema. "O SAAE é deficitário. Existe uma dívida também das gestões passadas, uma dívida milionária de aproximadamente R$ 7 milhões, e a gente não tem dinheiro nem para manutenção quase", afirma.

Para evitar um racionamento mais severo com a chegada do período de estiagem, ele cita ações emergenciais. "Vamos ter que aprofundar dois poços já existentes. Eles estão com 120 metros e vamos aprofundar para 400, 500 metros e ter uma vazão maior; e abertura de duas licitações que já estão em andamento, aguardando dotação orçamentária, para fazer duas captações de poços profundos nos dois bairros mais críticos da cidade, que são o São Cristóvão e o Bom Jardim”, informou.


Reflexos

Desde a segunda-feira a louça se acumula na pia da cozinha da dona de casa Kelly Cristina Sbrojo. "Não tem caixa d'água, fica ruim porque tem que esperar a água chegar para fazer o serviço de casa”, lamenta.

Desde que o racionamento começou, o abastecimento é interrompido às 9h e volta às 16h. A aposentada Maria Elisete Sacaro mora no bairro São Cristovão, um dos mais críticos da cidade em relação ao abastecimento de água, e teve que investir em melhorias no imóvel para enfrentar os constantes desabastecimentos.

"A reforma que eu fiz, eu aumentei o número de caixas. Eu tinha uma, agora tenho duas maiores", revela.


Restrição retomada

Esse é o segundo ano consecutivo em que a cidade vive a suspensão do fornecimento de água antes mesmo do período de estiagem. No ano passado, o racionamento começou em julho e só terminou no começo deste ano.


Foto: Reprodução/ EPTV

Um dos três pontos de captação de água da cidade, a represa da Fazenda São Jorge opera hoje com apenas 30% da capacidade, três metros abaixo do nível normal.

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