Camarões
Uma das mais tradicionais seleções africanas, Camarões está de volta ao mundial em 2022 depois de ficar de fora em 2018. Os Leões Indomáveis vem de duas participações ruins em mundiais, além de muita confusão nos bastidores. Em 2022 mais uma vez não foi diferente. Samuel Eto’o, presidente da Federação Local é acusado de interferir na convocação da equipe comandada por Rigobert Song. Toda a tensão nos bastidores prejudica muito o trabalho em campo.
É a oitava participação dos Leões Indomáveis em mundiais, sendo a primeira em 1992. Porém, a história foi feita em 1990, quando a seleção camaronesa surpreendeu Argentina e Romênia e garantiu classificação para o mata mata em primeiro lugar no Grupo. Nas oitavas-de-final, vitória sobre a ótima seleção colombiana por 2x1. Camarões foi eliminado somente nas quartas, quando perdeu para a Inglaterra por 3x2 na prorrogação. Em 90, o mundo conheceu Roger Milla, com 38 anos. O então jogador do Saint-Pierrouse, das ilhas Reunião, posse francesa no Oceano Índico fez chover no mundial, marcando 4 gols e comandando a ótica campanha camaronesa. Nas outras cinco participações, nunca mais passou de fase em mundiais. Seu maior destaque depois da ótima campanha de 1990 foi em 2000, quando a seleção camaronesa foi medalha de ouro olímpica ao eliminar o Brasil nas quartas de final e depois batendo a Espanha na final nos pênaltis.
Para garantir vaga no mundial de 2022, a seleção camaronesa pegou uma pedreira já na segunda fase das eliminatórias. Em um grupo com a forte Costa do Marfim; Moçambique e Malawi. Na fase final, enfrentou a então campeã africana Argélia, perdendo o primeiro jogo por 1x0 e vencendo o segundo por 2x1, garantindo assim a passagem para o Catar.
As duas maiores esperanças da seleção camaronesa estão no ataque. Eric Choupo-Moting é o centroavante da equipe. Chega ao mundial embalado por um bom início de temporada no Bayern de Munique e deve balançar as redes no Catar. Foram 13 participações em gol em 16 partidas disputadas. Outro grande nome é Toko Ekambi. O ponta do Lyon é o desafogo pelo lado do campo, e o valor individual mais diferente da equipe.
O Grupo G da Copa do Mundo é uma missão indigesta para a seleção camaronesa. A classificação parece improvável tanto pela força dos adversários, quando pela situação atribulada em seus bastidores, quanto pelo desempenho nos últimos jogos. Camarões deve fazer turismo no Catar.
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